Fico
imaginando o que leva o ser humano a tamanha bestialidade. O que leva alguém em
sã consciência, se é que se pode chamar dessa forma, a ceifar a vida de outros.
Que
sentimentos movem os dedos de quem puxa um gatilho ou de quem incendeia um
rastilho?
Que
sonhos povoam as noites de quem manda impulsionar um míssil?
Que
sabor tem o gosto de ferro da boca de quem destrói o mais belo sonho da vida?
De
repente, submeto-me à realidade: estamos todos envolvidos numa grande Guerra
Mundial!!!
Não
importa se é a terceira ou se é a primeira, em novos e igualmente cruéis moldes
de existir. Quantos serão, neste mundo de DEUS, os que simplesmente não morrem,
mas são mortos?
Milhões,
bilhões ou trilhões, mortos pela bala, pelo míssil, pela fome, pela miséria,
pelo desdém, pelo poder, pela ganância, que diferença faz?
Não
seria maior a esperança natural da vida de quem não fosse atingido por uma
mesma bala, por esse mesmo míssil,por essa mesma ganância ou , o contrário, de
quem fosse atingido, aí sim, pelo alimento que sacia , pelo remédio que cura,
pelo saber que ilumina ou pelo efeito que enleva?
Não
seria , portanto, uma espécie de cumplicidade, homicida, atitude ou omissão
daquele que, mesmo sabendo que semelhantes, muitas vezes muitos próximos,
morrem de fome e mesmo assim jogam excessos de comida no lixo por mera luxúria
ou opulência ou daquele que, sabedor dos sofrimentos ou das mortes nas filas de
hospitais ou na escuridão do analfabetismo, roubam o dinheiro público em nome
da GANÂNCIA?
SERIA
OMISSÃO UMA ARMA QUE FERE DE MORTE?
Não
haveria então uma correlação perversa entre o OMISSO, ou o CORRUPTO e o que
puxa o gatilho e o que manda detonar o MÍSSIL?
Não
estariam todos eles causando ou deixando causar igualmente dor, sofrimento e
morte?
Essa
GUERRA MUNDIAL a que me refiro é, portanto, um conflito de VALORES...
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