Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão
de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata
trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda
joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem
quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos
dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão
do papel por essa maldita mania de viver no outono.
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